Hoje pela manhã passou por aqui o afiador de facas.
Tão acolhedor este som.
Generosos e conhecidos sons.
Correria e falação dentro de casa.
Portões de ferro rangendo. Vizinhas
a chamar por sobre os muros.
Pedidos de solidariedade e paciência.
Há muito o
que afiar: facas de carne, alicates de unhas, tesouras de costura, tesouras de
cortar grama, de podar rosas e outros instrumentos de cortar e cozer.
Vozerio de crianças em procissão. Todos querem ver o espetáculo.
Duas esferas giram. Uma grande, outra menor. Uma ao lado da outra, uma quase junto da outra!
As esferas e a bicicleta amarela sob um pé, em pirâmide, amolam as facas pra lá
e prá cá, prá lá e prá cá.... faca por faca, tesoura por tesoura.
E o afiador? Pedala, pedala e segue sua procissão de fazer amolar nossos
sentidos com aquele som desafiador.
Sim, e tudo isto porque passou aqui, agora, o vendedor de Cuzcuz de
Taaaapiooooooca!
Porto Alegre, Salvador.
Tão longe, tão perto.
Humm...ouvi daqui ...quero uma tapioca. Saudades das andanças pelo Rio Vermelho entre conversas e vestidos coloridos.
ResponderExcluirAfiador de facas,
ResponderExcluirvendedor de cuzcuz de tapioca,
Bahia de Todos os Santos, Ladeira
Praia, Samba de Roda,
Reggea de Raiz, Capoeira.
Rio Vermelho a caminho da cidade alta,
de lá para o Barbalho, Liberdade,
Ah, que saudade!
Santo Antônio Além do Carmo,
o Forte... hoje da Capoeira,
outrora quase perdido.
Perdido é como me sinto às vezes,
aqui no Sul é bom,
é muito bom...
Mas não tem Cuzcuz de Tapioca,
e a muito não ouço ou vejo
um afiador de facas!
Ei mano, adorei encontrar vc aqui.
ExcluirTraga sua inspiração e venha fazer poesia.
Um lugar para habitar!
Heterotopias....
abçs e saudades,
Neca