Sem palavras estou.
Recusam-se às folhas de papel.
Recusam-se deitar no torno dos sentidos
Têm preferido ficar soltas
Indo e vindo
Sei não!
Será o que?
Malcriação, talvez.
Palavras são danadas.
Gostam de aprontar das suas.
Ora são mansas, doces....
Vez por outra, hostis, ferinas.
Sei não! Assim,
sem se deixar tocar,
Eu não gosto não.
Será o que?
Solidão, talvez.
Palavras são caprichosas.
Gostam de ser amadas
devidamente pronunciadas.
Talvez
Pressa de ser.
Mas ser o que?
Verbo ou algum fazer.
Para que?
Para que se ocupar com qualquer fazer?
Que desilusão!
Sei não!
Palavras
Todas
deveriam apenas
Palavrar.
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